Você sabia que mais de 29 mil unidades consumidoras fazem parte do mercado livre de energia (MLE)? Esses são dados coletados em 2022 pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que representam 36,4% da participação dos brasileiros no projeto. 

Caso não conheça, esse é um ambiente de negócios onde é possível negociar energia elétrica de maneira voluntária. Esse movimento dá a liberdade aos consumidores de contratarem o fornecimento de energia com empresas geradoras e comercializadoras. 

Para entender melhor do que se trata o MLE e quais são suas vantagens, nós da Ourolux preparamos esse artigo. Continue a leitura para saber mais! 

O que é o mercado livre de energia e como ele funciona?

No Brasil, há duas alternativas para comprar energia: 

  • por meio do Ambiente de Contratação Regulada (ACR), que é o mais comum;
  • ou pelo Ambiente de Contratação Livre (ACL), também conhecido como mercado livre.

No primeiro modelo, o preço da energia é regulamentado, onde o consumidor paga pelo consumo e arca com as taxas da produção. Isso inclui, por exemplo, o valor das diferentes bandeiras tarifárias. 

Já o ACL apresenta ao consumidor a possibilidade de negociar diretamente com o fornecedor de energia. Sendo assim, ele tem a liberdade para escolher de quem comprar, o que traz uma série de vantagens. 

Além disso, neste modelo, há dois perfis de consumidores: especial e livre, cada um com características distintas. 

O consumidor especial possui uma demanda variável entre 500kW e 3.000kW e, obrigatoriamente, deve comprar a energia de fontes especiais (biomassa, solar, eólica e outras). 

Enquanto o consumidor livre tem uma demanda superior a 3.000kW e pode comprar energia de outras fontes além das consideradas especiais. 

Por que esse projeto existe? 

O mercado livre de energia é um modelo de negócio para estimular a livre concorrência para a compra de eletricidade. Inicialmente, o objetivo do projeto era fazer com que grandes consumidores baixassem seus custos de energia. 

Como resultado, o MLE entrega maior liberdade para gerenciar o próprio consumo e adotar estratégias de redução. 

Vantagens que o mercado livre de energia oferece

Optar por esse modelo de negócio pode gerar uma economia de até 35% no valor das contas de energia. Isso ocorre porque a contratação é negociada diretamente com o fornecedor, que pode ser mais flexível em relação aos preços e prazos. 

Só que esse não é o único benefício de aderir ao Ambiente de Contratação Livre. Existem outros motivos que chamam atenção e podem te convencer a fazer essa escolha, são eles:

Liberdade de escolha

Essa é a proposta principal do mercado livre de energia: a liberdade de avaliar e selecionar os fornecedores. Os consumidores são representados por empresas ou gestoras que indicaram qual geradora é viável para atender a demanda energética. 

Previsibilidade e redução de custos

Por falar nas empresas, são elas que negociam os valores a serem cobrados durante o período contratado. O consumidor terá uma previsibilidade orçamentária, já que os preços e prazos serão claros, diferente do que ocorre no mercado cativo. 

Além disso, a previsibilidade acaba por trazer outro benefício: a redução de custo. Em média, um consumidor pode reduzir de 15% a 35% o valor da conta.

Uso de fontes alternativas de energia

Mesmo o consumidor livre não sendo obrigado a consumir fontes alternativas de energia, na maioria dos casos, são o que eles vão utilizar. Acontece que essas fontes costumam ser mais vantajosas que outras possibilidades, já que são inesgotáveis e renováveis. 

Há ainda o fato de que o governo possui projetos de incentivo ao uso dessas fontes, tornando o acesso mais amplo e facilitado. 

Quem pode fazer parte do projeto?

Como mencionado, existe uma faixa de consumo que as residências e espaços comerciais precisam ter para participar. Como consumidor especial, devem ter uma demanda entre 500 a 3.000kW, enquanto o consumidor livre precisa ter mais de 3.000kW.

Caso se enquadre, o mercado livre de energia tem dois modelos para seguir: tradicional e varejista. 

No tradicional é contratada uma empresa gestora que irá assessorar o consumidor no processo de migração. Essa contratação é algo opcional, já que o consumidor pode realizar cada etapa de transição por conta própria. 

O modelo varejista é representado por empresas comercializadoras no MLE. Elas têm a responsabilidade de comprar a energia e realizar as atividades obrigatórias para o repasse. 

Agora, você tem todas as informações necessárias para migrar para esse modelo de negócio. E caso surja alguma dúvida, deixe um comentário que responderemos em breve.